COLEÇÕES CIENTÍFICAS E A
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

     Acervos científicos reúnem artefatos, espécimes e informações com valor científico, cultural e socioeconômico, essenciais nas cadeias de produção e aplicação de conhecimento em diversas disciplinas. A constituição desses conjuntos documentais se dá, em geral, a partir da pesquisa, do desenvolvimento tecnológico e da inovação.

     A partir desses princípios, surgem diversas questões sobre o atual papel das coleções científicas para a geração de conhecimento e formulação de políticas públicas. Por exemplo, os acervos brasileiros estão bem estruturados e gerenciados a fim de serem conservados perenemente? Quem tem acesso a eles? Como são utilizadas as informações extraídas desses acervos e por quais elementos da sociedade? Como se dá o planejamento, a acessibilidade e a gestão de dados abertos? Quais as perspectivas e os desafios das políticas nacionais para suporte, divulgação e gestão de coleções científicas?

     Nos últimos anos, levantamentos nacionais sobre o estado da arte em diversos tipos de coleções foram realizados com a intenção de criar subsídios para a gestão integrada de acervos, uma vez que ainda são incipientes as políticas de Estado que regulamentam a formação, a preservação e o gerenciamento desses conjuntos, colocando em risco a sua existência e minimizando as possibilidades de sua exploração.

     O objetivo desse simpósio é dar continuidade a essas reflexões. Ele abordará aspectos relevantes quanto ao futuro do patrimônio científico brasileiro e pretende contribuir com propostas que assegurem o desenvolvimento da ciência e valorizem as coleções enquanto ferramentas estratégicas para a educação, a gestão territorial e ambiental, o fortalecimento de processos culturais e econômico e a democratização de informações de interesse público.